A figura emergente do consultor em tecnologia agroprodutiva

O setor agroprodutivo tem muitos números que desempenham um papel fundamental na produção e na busca de eficiência. É muito comum encontrar uma empresa que contrata um consultor especialista em culturas, um consultor em irrigação, um consultor agroambiental, um consultor em variedades, um consultor agroquímico, .... mas é muito difícil encontrar uma empresa que tenha um consultor em tecnologia.

Em muitas ocasiões encontrei grandes profissionais em uma cultura, especialistas que trabalham em uma cultura há anos e cujo conhecimento sobre ela é admirável, mas quando chega a hora de aconselhar sobre a tecnologia, você percebe que seu conhecimento é muito básico ou eles divagam com declarações de que ouviram o que um vendedor disse em uma reunião. 

Assim como diferenciamos os assessores, devemos diferenciar e valorizar a figura do novo assessor de tecnologia. Este perfil vai crescer e terá grande demanda para evitar o desperdício de recursos e tempo em tecnologias que ainda não estão prontas para o setor. Eles nos ajudarão a adaptar nossas empresas, que podem ainda não estar prontas para a tecnologia. 

Quando uma empresa não é devidamente avisada, enfrenta os seguintes problemas: 

1) Comprar em expectativas sem conhecer nem as limitações nem o poder de uma ferramenta.

Em certas ocasiões, encontrei empresas que compraram por causa do que ouviram, mas não tinham conhecimento da tecnologia. Quando nas primeiras semanas eles não conseguem o que esperavam, acabam concluindo que não funciona. Eles não usam o serviço, a frustração e a desconfiança são geradas com este tipo de tecnologia e a empresa não investe novamente em inovação. Se você tiver um consultor de tecnologia, ele ou ela o advertirá tanto do potencial quanto das limitações e planejará objetivos quantificáveis e concretos. 

2) Seu consultor tem realmente um histórico tecnológico? 

Muitas vezes, as empresas contam com a assessoria de consultores especializados em safras, consultores com muitos anos de experiência no tipo de especialista em safras e culturas, mas sem nenhum conhecimento tecnológico. Diante de não saber, é sempre bom hesitar. Isto pode levar as empresas a se atrasarem para novas tecnologias porque seu especialista não é um especialista em assuntos tecnológicos. É bom ter tanto um especialista em colheitas quanto um especialista em tecnologia.

3) A tecnologia sem treinamento é um desperdício de dinheiro.

 Qualquer nova tecnologia tem uma curva de aprendizagem obrigatória. Desde o momento em que é adquirido até o momento em que se torna lucrativo, há um intervalo de tempo que depende de como o pessoal é treinado. 

Este tempo pode ser reduzido se for acompanhado por treinamento intencional. Como empresa, acreditamos que a compra de nossos serviços, se não for acompanhada de um treinamento adequado, não agregará muito valor.

Aaron G. De Bernardis

Soluções BDD NAX